Moxibustão: já ouviu falar?
Lá para terras asiáticas, a moxibustão não é novidade para ninguém.
É uma terapia milenar chinesa e parece ter efeitos mais que comprovados. A moxibustão é um tratamento de calor voltado para o bem-estar e a harmonia com os elementos, feito à base de extratos de artemísia. Normalmente, o extrato natural é queimado sobre a pele do paciente ou impregnado em agulhas de acupuntura.
Embora esteja integrada na medicina tradicional chinesa há milénios, a moxibustão começou a ser utilizada por missionários portugueses do século XVI, aquando das suas explorações por terras asiáticas. Nessa altura, o nome cunhado para a terapia foi “botão de fogo”, mas apenas surge em manuscritos e apontamentos destes exploradores. Contudo, é o alemão Herman Buschoff que fala pela primeira vez em livro desta terapia, em 1674. O termo “moxa” é uma corruptela do termo japonês para a terapia, mogusa, que acabou por ser fundido com a terminologia latina combustio, que significa queimar.
Este tratamento é indolor; os pacientes só tendem a sentir um calor intenso em certas zonas das costas, da barriga e do peito, ou noutras zonas que sintam dores ou sejam passíveis de doenças. Além do mais, sempre que aplicada sobre a pele, a artemísia queimada não deixa qualquer tipo de marca, sendo removida alguns minutos após a aplicação.
Atualmente, o tratamento está estudado e tem resultados animadores no que toca ao atenuar de problemas como enfartes, vários tipos de cancro, colites, obstipações, problemas ginecológicos (em especial pós-parto), prevenção de gripes e constipações, entre muitos outros. A artemísia, em especial concentrada em chá, é vista como solucionadora de problemas cardíacos, dores de cabeça, trânsito intestinal e fluxo sanguíneo.
Ainda que não haja ainda muitas razões comprovadas para confiar neste tratamento, tentar não custa. E, no final de contas, pode ser que os resultados sejam inesperadamente positivos.