Beber leite: sim ou não?
Há quem defenda com unhas e dentes ambos os lados da barricada, na discussão sobre a importância do leite para o organismo. Quem terá razão?
De um lado, estão os que dizem que o cálcio presente no leite, bem como outras propriedades, são indispensáveis para a saúde humana. Do outro lado, estão aqueles que defendem que lactose a mais no organismo pode ter efeitos bastante graves e irreversíveis. Mas aquilo que mais importa saber é: de que lado está a razão?
Em primeiro lugar, vamos às vantagens: é inegável que o leite (bem como outros produtos lácteos) é uma fonte espantosa de cálcio, vitamina D e potássio. Sem estes nutrientes, as pessoas teriam muita dificuldade em manter a sua saúde em níveis satisfatórios. Para além da fortificação que assegura à massa óssea e aos dentes, também é sabido que a influência do leite no coração é extremamente positiva, prevenindo doenças coronárias e hipertensão. Existem também evidências que o consumo destes nutrientes evita a incidência de cancro da mama e do colo retal, bem como diabetes tipo 2 e desidratação.
Mas há desvantagens: as maiores são o açúcar (natural) e a gordura. Ainda que em níveis reduzidos, estes dois elementos presentes no leite podem contribuir para a obesidade e para o aparecimento de alergias e problemas estomacais ou intestinais, muito por culpa de uma proteína presente no leite, chamada caseína. A diabetes tipo 1, o cancro dos ovários e da próstata, aumento do colesterol e maior propensão para o aparecimento de arteroesclerose são alguns dos problemas que mais se registam em pessoas que bebem muito leite. Isto para não dizer, claro, que boa parte da população é intolerante à lactose sem sequer ter a condição diagnosticada.
Nesse caso, o que fazer? O que os médicos e outros especialistas sugerem é que não se bebam demasiadas doses de produtos lácteos diariamente. O recomendado é uma caneca de leite por dia; mais que isso é exagero que pode colocar em risco a sua saúde, hoje e no futuro.