Acupuntura: as agulhas resolvem maleitas
A acupuntura tem milhões de adeptos por todo o Mundo e há motivos para acreditar que vale a pena experimentar esta terapia milenar.
Quando tiver uma dor ou uma certa doença, talvez a cura passe por deitar-se numa marquesa e deixar que um especialista lhe espete umas quantas agulhas finíssimas em pontos estratégicos. Passada uma hora, estará como novo. Parece ficção científica mas não é: chama-se acupuntura.
Bem sabemos que este conceito não parece propriamente credível, mas a verdade é que desde 1979 que a Organização Mundial de Saúde (OMS) assume que a acunpuntura pode ter efeitos muito positivos no tratamento de doenças. Esse foi, aliás, o ano de mudança de paradigma: até então, esta terapia milenar asiática não era reconhecida, mas com a publicação de um estudo por parte da OMS ficou-se a saber que, pelo menos 41 doenças tinham recedido após a aplicação desta terapia.
Entre elas, podiam encontrar-se condições tão díspares como dores cervicais, ciática, dores lombares, artrite reumatóide, psoríase, gripes e constipações, bronquites, asma, hipertensão, obstipação, úlcera, gastrite, cólica renal, diabetes e muitas mais.
Consta que esta prática terapêutica remonta à pré-história chinesa, embora isso não seja certo. Os estudos mais detalhados colocam a sua origem em 500 a.C. Marco Polo, nos seus relatos de viagens até ao continente asiático, feitas no decurso do século XIII, conta que teve contacto com a terapia assim que chegou à China. Por essa altura, já a Coreia e o Japão eram adeptos da prática. Ao longo do Renascimento, a acupuntura chegou ao Velho Continente, mas só a partir do século XX se massificou, alcançando até os Estados Unidos.
Ainda assim, é importante ressalvar que esta não é uma prática consensual. Ao longo das últimas décadas, muitas têm sido as investigações que parecem desmistificar a suposta eficácia da terapia. De qualquer forma, é facto que existem 28 países europeus com regulação e legislação para a prática da acupuntura.