Os novos paradigmas da beleza
O evidente já não é uma qualidade. Saiba porquê.
Nunca a estética foi tão valorizada na sociedade como atualmente, nem nunca fomos tão pressionados pela indústria da moda, cosmética e afins a exibir uma boa forma física e uma beleza impecável.
No entanto, e apesar de ainda não ser a ideal, já existe uma maior abertura do mundo da moda ao diferente. Durante a ditadura das top models do início dos anos 90, era impensável que modelos com imperfeições muito óbvias posassem em capas de revista ou fossem contratados para desfiles.
A indignação vinda de vários setores da sociedade em relação aos padrões de beleza praticamente inatingíveis, exibidos e defendidos pela indústria da moda têm aberto caminho para que os ideais de beleza se tornem mais abrangentes. Bons exemplos disto são a maior projeção que as modelos Plus Size vêm adquirindo ou a proibição de algumas importantes Semanas de Moda em usar modelos magras demais.
Recentemente, dois dos atuais modelos que mais se falam no mundo pela sua aparência física pouco convencional, tendo protagonizado campanhas internacionais de moda e pisado as passarelas mundiais, foram o modelo masculino Shaun Ross e a modelo feminina Winnie Harlow.
Ross é considerado o primeiro modelo profissional masculino albino do mundo. Já Winnie Harlow é uma modelo negra e a única mulher com vitiligo, uma doença que elimina a pigmentação da pele e deixa grandes manchas brancas, que trabalha como modelo e desfila nas mais importantes passarelas e Semanas de Moda do Mundo.
Contratados pela sua diferença estes modelos promovem um conceito de beleza atípico e até difícil de encontrar no dia-a-dia.